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Acerto foi assinado nesta terça-feira em Tóquio
Japão e Estados Unidos assinaram nesta terça-feira (28), em Tóquio, um acordo de cooperação no setor de minerais críticos e terras raras, focado em investimentos coordenados para garantir um fornecimento estável, em meio às restrições às exportações impostas pela China.
De acordo com o pacto, assinado na capital japonesa pela primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, e pelo presidente americano, Donald Trump, Tóquio e Washington colaborarão para identificar projetos de interesse comum para abordar as deficiências nas cadeias de suprimento desses materiais, essenciais para o desenvolvimento da tecnologia moderna.
Ambas as potências estabeleceram um prazo de seis meses para “adotar medidas para fornecer apoio financeiro a projetos selecionados com o objetivo de gerar um produto final para entrega a compradores nos Estados Unidos e no Japão e, conforme o caso, em países com ideias afins”, de acordo com a Casa Branca.
Japão e EUA também se comprometeram a atuar como ponte na promoção do diálogo em nível empresarial para impulsionar projetos que estabeleçam cadeias de suprimento “novas e seguras”, e concordaram em mobilizar recursos público-privados para as iniciativas.
Esses recursos incluirão “subvenções, garantias, empréstimos ou capital, acordos de compra e venda, seguros ou facilitação regulatória”, e os projetos não se limitarão ao tratamento das matérias-primas, mas incluirão produtos derivados, como ímãs permanentes, baterias, catalisadores e materiais ópticos.
Trump e Takaichi assinaram o acordo após uma cúpula no Palácio de Akasaka, em Tóquio, a segunda parada da viagem asiática do presidente americano, que também firmou um pacto no setor de terras raras com a Malásia, sua parada asiática anterior.
O pano de fundo dos acordos são as restrições da China às exportações de terras raras, mineral-chave na tecnologia cujo processamento e venda o país praticamente monopoliza, como parte de sua disputa comercial com os EUA.
Além deste acordo, os chefes de governo do Japão e dos EUA assinaram outro documento no qual se comprometeram a implementar o acordo comercial que alcançaram em julho, que fixou as tarifas de Washington em 15% e dentro do qual ainda está por ser conhecido o destino dos 550 bilhões de dólares (R$ 2,95 trilhões) que Tóquio se comprometeu a investir em território americano.
*EFE
