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Projeto de R$ 14 milhões comandado por genro de Malafaia tem núcleos em igrejas

Publicada em: 27/10/2025 20:49 -

https://www.fuxicogospel.com.br/ Por Caio Rangel 

Anderson Silveira afirma que o pastor não tem qualquer ligação com o projeto e que o foco é ampliar o acesso ao esporte em comunidades

Uma matéria do Jornal O Globo, mostrou que o professor Anderson Silveira, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e genro do pastor Silas Malafaia, tornou-se o principal responsável pela captação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares dentro da instituição. Um levantamento revelou que um projeto coordenado por ele recebeu R$ 14 milhões do Ministério do Esporte, ultrapassando em mais do que o dobro o segundo maior valor destinado a qualquer outro programa da universidade.

O projeto, intitulado “Esporte Para a Vida Toda” (Previt), tem como objetivo a criação de 75 núcleos esportivos espalhados por mais de 20 municípios do estado do Rio de Janeiro. Do montante total, R$ 11,7 milhões foram reservados para o pagamento de bolsas, sendo R$ 7 milhões direcionados a pessoas externas à UFRRJ. Segundo dados divulgados, 14 dos núcleos funcionam em igrejas, a maioria delas evangélicas, com envolvimento de pastores e apoio de parlamentares.

A iniciativa foi financiada através de um Termo de Execução Descentralizada (TED) do Ministério do Esporte, instrumento que torna difícil identificar os autores das emendas que destinaram os recursos. Entre os políticos citados estão os deputados Laura Carneiro (PSD-RJ) e Roberto Monteiro (PL-RJ), que teriam indicado locais para implantação dos núcleos.

Questionado sobre possíveis ligações políticas ou religiosas, Silveira negou qualquer influência do sogro, afirmando: “Malafaia nem sabe que eu trabalho com isso. Pode acontecer de algum parlamentar fazer divulgação no núcleo, mas isso está fora do nosso controle.”

A proporção de bolsas distribuídas chamou atenção dentro da universidade. Setores internos classificaram o Previt como um projeto de baixo retorno acadêmico, voltado principalmente ao público externo. A Fundação de Apoio da Rural (Fapur), encarregada da execução financeira, passou por uma renúncia coletiva da diretoria em agosto, alegando “anomalias” na gestão do programa.

Em resposta, o professor afirmou que os atrasos ocorreram devido à “incapacidade administrativa da fundação” e garantiu que o Ministério do Esporte orientou priorizar o pagamento de bolsas para evitar a devolução de recursos. A UFRRJ, por sua vez, declarou que todas as contratações seguiram critérios técnicos e que o projeto busca fortalecer o vínculo entre universidade e comunidade.

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