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Anistia já… e para Bolsonaro também!

Publicada em: 05/09/2025 13:13 -

https://pleno.news/ Magno Malta

O Brasil conseguiu o feito de transformar a Justiça em espetáculo e o Direito em instrumento de perseguição. Depois do depoimento de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, na Comissão de Segurança Pública do Senado, ficou evidente aquilo que muitos já denunciavam: a narrativa do “golpe” não nasceu do povo, mas de gabinetes.

O dossiê exposto naquela audiência escancarou a trama que fabricou inimigos para justificar prisões, processos e condenações.

A partir desse momento, qualquer debate sobre a necessidade de anistia deixa de ser jurídico e passa a ser moral (e político). Não falamos apenas de inocentes presos ou de patriotas que, em 8 de janeiro, se tornaram alvo de um processo coletivo de demonização. Falamos também de jornalistas exilados, juízes perseguidos, militares encarcerados e políticos presos ou acuados por decisões monocráticas.

No meu estado, o Espírito Santo, por exemplo, vimos pessoas presas sem provas ou obrigadas a usar tornozeleira eletrônica após uma “canetada” de Moraes, a pedido do Ministério Público capixaba. A injustiça virou método.

Martin Luther King dizia:

Uma injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar.

O Brasil atual é a prova viva dessa sentença. Hoje, não se persegue apenas Bolsonaro, mas todo um campo político que ousou pensar diferente.

 

É curioso, para não dizer trágico, ver jornalistas da imprensa tradicional afirmarem que inocentes não precisam de anistia. Se pensam nisso, talvez também acreditem no coelho da Páscoa. O fato é simples: a mentira do “plano do golpe de Estado” serviu de combustível para prender, silenciar e punir sem provas.

E o ponto central é que qualquer projeto de anistia que não inclua Jair Bolsonaro é uma fraude. É a farsa da pacificação que, em vez de curar feridas, as aprofunda. O processo contra o ex-presidente é tudo, menos um julgamento. É um rito condenatório. É um linchamento moral e político.

Circula no Senado a ideia de um “texto intermediário” para a anistia. Intermediário para quem? Para a sociedade, certamente não. Esse arranjo tem a digital do Supremo Tribunal Federal e revela um Senado reduzido a homologar vontades alheias. Isso não pacifica o Brasil; apenas reforça o desequilíbrio entre os Poderes.

Nós, da direita, não aceitaremos remendos. A anistia precisa ser ampla, geral e irrestrita. Só assim o país encontrará a concórdia. Fora disso, tudo não passa de teatro para encobrir a perseguição e vender uma pseudonormalidade no Brasil.

E a história, cedo ou tarde, cobrará! Quando for contada daqui a algumas décadas, ninguém acreditará que um país inteiro se deixou enganar por uma farsa produzida pelo sistema. Porque até os inimigos mais ferozes de Bolsonaro, se forem honestos, terão de admitir que nada é mais perigoso para uma democracia do que um Estado que escolhe quem pode, e quem não pode, ter direitos.

Magno Malta é senador da República. Foi eleito por duas vezes o melhor senador do Brasil.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News

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