https://www.fuxicogospel.com.br/ Por Caio Rangel
Recursos de Hélio Lima e Filipe Martins questionam provas, prisões e atuação de Alexandre de Moraes
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado para relatar um habeas corpus que busca suspender a ação penal relacionada à suposta tentativa de golpe de Estado. O julgamento, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, está previsto para começar nesta terça-feira (2), em um dos processos mais sensíveis da atual conjuntura política e jurídica do país.
Pedido da defesa
O recurso foi apresentado pela defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, preso desde 2024 sob a acusação de integrar o plano que teria como objetivo manter Bolsonaro no poder. Os advogados alegam irregularidades processuais, excesso de prazo na prisão preventiva e fragilidade das provas. Além disso, questionam a validade da delação premiada de Mauro Cid, argumentando que não teria sido feita de forma plenamente voluntária.
Outro habeas corpus em análise
Mendonça também foi designado relator de um segundo habeas corpus, desta vez protocolado pela defesa de Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro. O pedido contesta diretamente a atuação do ministro Alexandre de Moraes, que tem conduzido grande parte das investigações sobre o caso.
Tanto Lima quanto Martins enfrentam acusações sérias, que incluem organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O desenrolar desse julgamento é considerado decisivo não apenas para os réus, mas também para os rumos da política nacional. Analistas apontam que a decisão terá impacto direto sobre a credibilidade das instituições democráticas diante das crises recentes, reforçando o papel do STF como protagonista no combate a ameaças à ordem constitucional.
Nos bastidores de Brasília, a expectativa é de que o julgamento gere forte repercussão política e midiática. Parlamentares alinhados ao bolsonarismo já se mobilizam para criticar eventuais decisões desfavoráveis, enquanto setores ligados ao governo e à oposição aguardam o resultado como um marco importante para medir o alcance da responsabilização judicial dos envolvidos.