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Deputado federal afirmou que precisa do engajamento das igrejas para garantir espaço na disputa de 2026 e citou lealdade ao bolsonarismo como critério

O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) confirmou em entrevista ao portal O Fuxico Gospel que será pré-candidato ao Senado em 2026. Ele destacou a importância do voto evangélico na definição da chapa e pediu uma “força-tarefa” dos fiéis para garantir competitividade no pleito.

Segundo o parlamentar, seu nome precisa aparecer com relevância nas pesquisas eleitorais para que o partido assegure sua candidatura oficial. “Eu já sou pré-candidato ao Senado. Só que o voto evangélico não aparece em pesquisa e nós precisamos fazer uma força-tarefa muito grande. Se eu não pontuar, fica muito difícil exigir do partido a vaga”, afirmou.

Durante a entrevista, Feliciano lembrou que a primeira vaga ao Senado em São Paulo pelo PL está reservada a Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A segunda vaga, porém, ainda está em aberto e pode ser disputada por ele.

“Até porque a primeira vaga é do Eduardo Bolsonaro. Temos a segunda, né? E caso o Eduardo não venha, eu posso ser até o primeiro do partido”, explicou. O deputado alertou ainda que a ausência de mobilização da igreja e dos conservadores pode comprometer sua chance.

Feliciano também aproveitou a entrevista para cobrar lealdade ideológica dos futuros senadores ligados ao campo conservador e religioso. Ele citou exemplos de parlamentares eleitos com apoio de Bolsonaro, mas que depois se distanciaram politicamente.

“Não basta mandar para Brasília um conservador, não basta mandar um cristão. Tem que ser alguém que tenha lealdade. Você vê os últimos dois que foram parar no Senado com indicação do Bolsonaro. O Major Olímpio rompeu com o Bolsonaro antes de falecer. O Marcos Pontes está conosco, mas já por duas vezes tomou puxão de orelha, porque na hora que a gente mais precisa, não vai”, disse.

O pastor reforçou que se considera preparado para enfrentar pressões políticas e crises institucionais. “Eu acho que já dei provas ao Brasil de que tenho coragem e aguento o tranco. Eu não sei bater muito, mas pensa num homem que aguenta apanhar. Sou eu”, declarou.

Participação no 7 de Setembro

Feliciano também confirmou presença nas manifestações previstas para o 7 de Setembro, na Avenida Paulista, convocadas por aliados de Jair Bolsonaro. Em tom irônico, disse esperar não ser alvo de medidas judiciais que possam impedi-lo de comparecer.

“Estarei em 7 de setembro, às três horas da tarde, na Paulista. E se eu não for preso também, né? Se a polícia não aparecer na porta da minha casa. Eu espero estar lá”, completou.