https://www.fuxicogospel.com.br/Por Redação • Publicado em 14/05/2025
Em conversa com Marco Feliciano, o jovem pregador fala sobre críticas, fé e os esforços para retomar sua trajetória no ministério.
Em uma entrevista publicada no YouTube, o deputado federal e pastor Marco Feliciano abriu espaço para um longo e profundo diálogo com o pastor mirim Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido nacionalmente por sua atuação precoce no meio evangélico.
A conversa, informal mas intensa, abordou fé, família, críticas, erros, sonhos e a pressão que o jovem enfrenta diante da visibilidade que conquistou nas redes sociais e nos púlpitos do Brasil.
“Eu oro todas as manhãs pedindo para Deus segurar meu dia em paz, porque não sei o que vão inventar sobre mim”, desabafou Miguel, revelando que a fama veio acompanhada de julgamentos constantes. Ele contou que sua rotina inclui estudo, leitura e preparo de sermões. Declaradamente assembleiano, Miguel começou na igreja Deus é Amor e hoje congrega na Assembleia de Deus Madureira, sob a liderança do bispo Samuel Ferreira.
Ao ser questionado sobre os ataques que sofre, Miguel foi direto: “Eu reconheço meus erros e estou me esforçando para mudar. Mas algumas pessoas querem ver meu ministério morto, não transformado.” Feliciano complementou: “Tem gente que pensa que o seu erro só será corrigido quando destruírem seu chamado. Mas não é assim que Deus trabalha.”
Feliciano: “O diabo te odeia, mas é porque você tem propósito”
Durante o bate-papo, Feliciano compartilhou experiências pessoais sobre críticas que enfrentou no início de sua caminhada e incentivou Miguel a não desistir do ministério.
“Você traz público, tem carisma e é inteligente, mas precisa parar e refletir. Não se deixe ser usado”, advertiu. O deputado reforçou a necessidade de mergulhar na Palavra de Deus e buscar formação teológica sólida: “Faça curso básico, depois o médio, depois bacharelado. Quem quer ser pastor precisa estudar.”
A entrevista também teve momentos emocionantes. Miguel revelou que sua mãe enfrenta um câncer há cinco anos e que muitos de seus familiares ainda não são evangélicos. Ao falar sobre as dores que carrega, disse: “Todo dia tem uma casquinha arrancada e volta a sangrar. Mas sinto que Deus está cicatrizando.”
Feliciano fez questão de enfatizar que erros podem ser corrigidos, desde que haja humildade: “A arrogância precede a queda. A humildade precede a honra.” Segundo ele, a trajetória de Miguel ainda pode ser gloriosa, desde que ele não se perca pelo caminho: “Nunca deixe a igreja — a noiva — se apaixonar por você. Ela já tem um noivo: Jesus.”
“Quero ser pastor de igreja e ter quatro filhos”, diz Miguel
Ao projetar o futuro, Miguel compartilhou que sonha em ter uma família estruturada e ser pastor de igreja. “Quero dois meninos e duas meninas, igual ao missionário David Miranda”, disse, referindo-se ao fundador da Igreja Deus é Amor. Ele afirmou que seu modelo de ministério não será o de performance exagerada que o tornou conhecido: “Já vi que essa escola da extravagância não é bem aceita. Quero focar na Palavra.”
Mesmo com o reconhecimento, Miguel revelou que ainda sente dores internas provocadas pelas críticas. Questionado se já pensou em desistir, respondeu: “Nunca pensei em fazer loucura. Deus sempre blindou minha cabeça. Sei que Ele me chamou e não posso enterrar os dons que recebi.”
Ao encerrar, Feliciano deixou um recado direto aos líderes mais experientes: “Miguel é humilde, ouve conselhos. Se você é pastor e tem algo a dizer, fale com ele. Não o destrua — oriente.” E apelou: “Se você já foi impactado pelo ministério de Miguel, dê testemunho. Quem cala, consente.”